Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Barosela, José Ricardo (Presidente)
Rocha, Luciano Palmieri
Pereira, Rodrigo Augusto Santinelo
Título em Português
Estudo do impacto do manejo de lianas sobre a regeneração de espécies arbóreas de um remanescente de floresta estacional semidecidual
Palavras-chave em Português
Estrato regenerativo
Corte de trepadeiras
Classes sucessionais
Floresta estacional semidecidual
Resumo em Português
As populações humanas têm exercido grande pressão sobre as florestas tropicais, com grande destaque para a Mata Atlântica, considerada um hotspot mundial que hoje tem apenas 11% de sua área original conservada. Dentre suas fitofisionomias mais afetadas estão as florestas estacionais semideciduais que, no estado de São Paulo, encontram-se reduzidas a fragmentos pequenos e isolados e, consequentemente, estão sujeitas a intensas alterações, como o aumento da ocorrência de lianas. Os impactos da maior abundância de lianas incluem redução da sobrevivência, crescimento e fecundidade de indivíduos arbóreos, assim como modificações nas características do estrato regenerativo, sendo que, dentre os regenerantes, as espécies não pioneiras parecem ser mais afetadas negativamente do que as pioneiras. Uma das formas de se avaliar experimentalmente o efeito das lianas sobre o processo de regeneração é por meio do manejo de trepadeiras seguido de análises estáticas e dinâmicas dos regenerantes. Neste contexto, o presente trabalho avaliou o impacto da retirada de lianas sobre as características gerais (riqueza, abundância e altura) das espécies arbóreas do estrato regenerativo, sobre o desenvolvimento de regenerantes de diferentes grupos sucessionais e sobre a representação da comunidade adulta dentre os indivíduos jovens de uma floresta estacional semidecidual situada no município de Ribeirão Preto, SP. Após sete anos, o manejo ainda não resultou em mudanças na riqueza, abundância e altura dos indivíduos no estrato de regeneração, o que pode estar relacionado ao acúmulo da biomassa vegetal sobre o solo após o corte das trepadeiras e à presença de espécies invasoras. A ocorrência de regenerantes de espécies não pioneiras é similar na área controle e na área manejada, indicando que o manejo pode não favorecer por si só o recrutamento de espécies mais tardias de sucessão. Por outro lado, as espécies pioneiras mostraram-se mais abundantes após o manejo, provavelmente devido ao aumento de luminosidade que atinge o sub-bosque com a retirada das trepadeiras. A baixa similaridade florística entre as comunidades de indivíduos adultos e jovens sugere futuras mudanças na composição florestal, com destaque para as espécies Chrysophyllum gonocarpum e Trichilia catigua, que têm altos índices de regeneração natural embora tenham baixa representatividade dentre os adultos, e Croton piptocalyx e Casearia gossypiosperma, espécies de elevado IVI, mas com nenhum representante no estrato regenerativo. É de grande importância monitorar o recrutamento, crescimento e sobrevivência dos regenerantes em prazos longos, de modo a se compreender mais claramente a dinâmica florestal dos fragmentos, especialmente daqueles com alto grau de degradação, como a Mata de Santa Tereza
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Data de Publicação
2016-04-11
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