Trabalho de Graduação Integrado
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Damiani, Amelia Luisa (Presidente)
Baitz, Ricardo
Pinho, Rinaldo Gomes
Título em Português
O (des)encanto do nome dos lugares em São Paulo:
A motivação toponímica como nível de análise dos conteúdos da urbanização
no contexto da metrópole paulistana.
Uma aproximação entre Geografia e Linguística
Palavras-chave em Português
Urbanização crítica
Toponímia
Semiótica
Relações de poder
Representação do espaço geográfico
Mediações simbólica
Simulacros
Resumo em Português
A motivação toponímica pode ser tomada como um nível de análise dos
conteúdos da urbanização. Neste trabalho propomos o exercício por meio de uma
amostra dos topônimos dos empreendimentos de moradia lançados nos últimos de
dez anos na zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo e para serem
alçados a esta condição, realizamos uma aproximação entre geografia e linguística.
De modo que o trabalho nasce de uma construção teórica que aborda a formação do
conhecimento geográfico - no percurso da história do pensamento geográfico - em
sua formação clássica na antiguidade com salto até sua institucionalização enquanto
ciência moderna, abordando noções baseadas na escola francesa, como geografia
do desenvolvimento, geografia crítica e sua implicação com o objeto, correlacionada
à formação de um pensamento complexo mediado por representações que dão
sentido e coesão, ainda que aparente, à consubstanciação da experiência nas
relações entre sociedade e natureza, nas relações de poder e nas formas de
conhecimento geográfico tornado projeto e mercadoria. A habitação, enquanto
importante categoria geográfica, serve de elo aos estudos toponímicos e a
possibilidade de, a partir deles, revelar embates teóricos e práticos que dão formas e
conteúdos à urbanização - como aqueles relativos ao poder, a dominação política e
a sujeição econômica - na perspectiva das mediações simbólicas, que na ausência
de elementos constituintes reais estes são substituídos por signos, transfigurando o
real na condição da experiência por simulacros, elementos presentes e ao mesmo
tempo ausentes, cuja amarração se dá pelo fetiche. Com a natureza - tornada
raridade - sendo constituinte da habitação enquanto produto a ser lançado ao
mercado, ou seja, na forma mercadoria, o morar encontra-se na origem permeado
por formas ilusórias que tensionam sentido na experiência e na realização da
mercadoria enquanto tal. Pelo exercício, dentre as muitas possibilidades que ele
abre aos estudos e ao campo de investigação, vê-se o surgimento de produtos
fantasmagóricos a partir da representação do espaço geográfico.
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Data de Publicação
2017-03-14
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