Trabalho de Graduação Integrado
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Fonseca, Fernanda Padovesi (Presidente)
Dutenkefer, Eduardo
Silva, Alessandro Soares da
Título em Português
As espacialidades homossexuais masculinas como constituidoras da urbanidade:
análise comparativa entre São Paulo e Paris
Palavras-chave em Português
Espacialidade
Homossexualidade
Urbanidade
Cartografia Analítica e Transformacional
Anamorfose
Resumo em Português
O presente trabalho se insere dentro de um dos campos da Geografia, o qual
chamamos de Geografias das Sexualidades, cujos estudos buscam entender a
relação entre o espaço e as sexualidades.
Partimos da afirmação de que o contato é o elemento básico da cidade. O
conjunto de relações entre atores espaciais em uma organização social
densa constitui o espaço urbano, cuja substância, a urbanidade, pode ser
medida a fim de avaliar o quão positivo ele pode ser para seus cidadãos.
Entendemos o espaço geográfico enquanto uma dimensão da sociedade, sendo
construído por ela ao mesmo tempo em que a constrói. Assim, olhamos para as
espacialidades homossexuais a fim de entender de que forma e em que medida
elas constituem e são constituídas pela urbanidade.
Fizemos dois recortes espaciais e dois recortes temporais: São Paulo e Paris
em 1995 e em 2016. Através da construção de mapas que ajudam a apreender e
compreender essas espacialidades, discutimos duas noções antagônicas: o
“gueto homossexual” e a justiça espacial (ou o direito a cidade).
Nossa hipótese pode ser resumida na fórmula “quanto mais urbanidade em
uma configuração espacial, menos antiurbana ela é”.
Concluímos que tanto em São Paulo como em Paris, as espacialidades
homossexuais se formam e se mantêm em áreas com maior diversidade e
densidade social. Isso se baseia na maior possibilidade de usufruir do
anonimato e da extimidade, ao passo que, paradoxalmente, contribui para o
reconhecimento da homossexualidade como uma expressão da sexualidade humana
tão comum quanto a heterossexual, através da visibilidade. Assim,
confirmamos a nossa hipótese.
Em razão da visibilidade das discussões sobre homossexualidade que este
trabalho traz para a Geografia, acreditamos que ele pode contribuir tanto
para o reconhecimento social da homossexualidade quanto na ampliação de um
campo de estudo não muito amplo no cenário nacional.
Título em Inglês
Male homosexual spatialities as an urbanity constituent: a comparative
analysis between São Paulo and Paris
Palavras-chave em Inglês
Spatiality
Homosexuality
Urbanity
Transformational and Analytical Cartography
Cartogram
Resumo em Inglês
This work contributes to debates in Geographies of Sexualities, a sub-field
of Geography that intends to understand the relation between geographical
space and human sexuality.
We start by affirming that contact is the most basic element of a city. The
set of relations between spatial actors in a dense social organization
constitutes urban space, whose substance, urbanity, can be used to measure
how positive the urban space is for its citizens.
We understand space as a social dimension that is constituted by the society
at the same time it is a constituent of it. We investigated homosexual
spatialities in order to understand how and to what extent they constitued
and are constituted by urbanity.
We made two spatial clipping and two temporal clippings: São Paulo, Brazil,
and Paris, France, in 1995 and in 2016. We created and analyzed maps to
understand these spatialities. Using these maps we discuss two antagonic
ideas: the “homosexual ghetto” and spatial justice (or right to the
city).
Our thesis could be resumed by saying that the denser a spatial
configuration, the less antiurban it is.
São Paulo as much as Paris, has homosexual spatialities that are formed and
maintened in relatively denser and more diverse social environments. This
stems from the greater possibility to enjoy anonymity and extimity, while,
paradoxically, visibility contributes to recognizing homosexuality as a human
sexual expression as normal as heterosexuality. At the end, our hipothesis
was confirmed.
Because of the visibility of debates about homosexuality this work brings to
Geography, we think that this contributes to the social recognition of
homosexuality and to expand this sub-field in the national scenery.
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Data de Publicação
2017-06-13
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