Trabalho de Graduação Integrado
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Martin, Andre Roberto (Presidente)
Arroyo, Maria Mónica
Colangelo, Antonio Carlos
Título em Português
Judeus Contra Israel: Uma Análise Crítica do Sionismo
Palavras-chave em Português
Sionismo
Antissemitismo
Judeus
Judaísmo
Palestina
Israel
Resumo em Português
O presente trabalho apresenta as circunstâncias que conduziram a criação
do Estado de Israel em 1948, baseado numa resolução aprovada um ano antes
na recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU), notoriamente por
influência das grandes potências ocidentais. Estabeleceu-se como objetivo
dessa pesquisa analisar, através de uma visão crítica, as razões que
levaram a esse acontecimento, dentro de uma perspectiva geopolítica. Também
foram considerados os movimentos nacionalistas europeus do século XIX e XX
com a atuação do movimento sionista que amparado por seus mitos e premissas
legitimaram a oficialização e reconhecimento de Israel como um novo país.
Para estudar esse processo foi realizado um levantamento bibliográfico
referente ao tema, priorizando as obras e entrevistas de proeminentes
intelectuais israelenses como: Ralph Schoenman, Avi Shlaim, Noam Chomsky,
Shlomo Sand, Norman G. Finkelstein, Uri Avnery, Llan Pappé, Judith Butler
entre outros, e também, rabinos destacados na comunidade judaica religiosa.
Subseqüentemente foram utilizadas leituras complementares de outros autores
não israelenses como sustento ao entendimento de alguns conceitos
fundamentais. A proposta do trabalho não é ser antijudaico ou
contra-judaico, ao contrário, os valores da tradição judaica foram
ressaltados, mas oferecer uma desaprovação às formas de violência de
Estado instituídas e mantidas pelo sionismo político. Assim, foi possível
concluir que o movimento sionista teve um forte papel político e bastante
ideológico conglobado a outros interesses no estabelecimento de um Estado
artificial no Oriente Médio. A reação a essa ideologia, o antissionismo ou
a crítica à política sionista, não pode ser considerada um ato de
antissemitismo, pois o sionismo se revela como um movimento político pautado
dentro de uma filosofia nacionalista com prática de uma política
segregacionista, onde muitos célebres autores judeus citados e outros judeus
em suas comunidades pelo mundo, não compactuam com as mesmas idéias e
ações do Estado de Israel.
Título em Inglês
Jews against Israel: A Critical Analysis of Zionism
Palavras-chave em Inglês
Zionism
Antisemitism
Jewish judaism
Palestine Israel
Resumo em Inglês
This paper presents the circumstances that led to the creation of the State
of Israel in 1948, based on a resolution adopted a year earlier in the newly
created United Nations (UN), notoriously influenced by the great Western
powers. It was established as an objective of this research to analyze, under
a critical vision, the reasons that led to this event, from a geopolitical
perspective. Also considered were the European nationalist movements of the
nineteenth and twentieth centuries with the work of the Zionist movement
which, supported by their myths and premises, legitimized the official
recognition of Israel as a new country. In order to study this process, a
bibliographical survey was carried out, prioritizing the works and interviews
of prominent Israeli intellectuals such as Ralph Schoenman, Avi Shlaim, Noam
Chomsky, Shlomo Sand, Norman G. Finkelstein, Uri Avnery, Llan Pappé, Judith
Butler among others. The proposal of the work was not to be anti-Jewish or
counter-Jewish - rather, the values of Jewish tradition were emphasized - but
to offer a disapproval of the forms of state violence instituted and
maintained by political Zionism. Subsequently, complementary readings from
other non-Israeli authors were used as a basis for understanding some
fundamental concepts. Thus, it was possible to conclude that the Zionist
movement had a strong political and quite ideological role conglobed to other
interests in the establishment of an artificial State in the Middle East. The
reaction to this ideology, anti-Zionism or criticism of Zionist politics,
cannot be considered anti-Semitism, because Zionism reveals itself as a
political movement based on a nationalist philosophy with a practice of
segregationist politics, where many famous Jewish authors quoted and other
Jews in their communities around the world, do not conform to the same ideas
and actions of the State of Israel.
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Data de Publicação
2019-06-03
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