Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Franco, Fernando de Faria
Capellari, Renato Soares
Pizzo, Taís Carmona Lavagnini
Título em Português
Análise morfométrica da variação fenotípica em edeagos de populações naturais de Drosophila serido (“cluster” Drosophila buzzatti)
Palavras-chave em Português
Drosophila serido
Isolamento reprodutivo
Distribuição geográfica
Morfometria
Resumo em Português
Drosophila serido é uma espécie cactofílica e politípica, pertencente ao “cluster” Drosophila buzzatti, considerada como um importante modelo para pesquisas biológicas na área de evolução por sua associação ecológica obrigatória com cladódios de cactos em decomposição, onde se desenvolvem suas larvas; são conhecidas ,através de caracteres moleculares, principalmente inversões cromossômicas, placas metafásicas e sequências mitocondriais COI, duas linhagens evolutivas dentro de Drosophila serido, as populações da região nordeste e as populações da costa atlântica sudeste. O caráter taxonômico morfológico mais usado para identificação de espécies neste “cluster” é o edeago. Com o intúito de avaliar o isolamento reprodutivo entre as linhagens de Drosophila serido, e avaliar sua distribuição geográfica, este trabalho analisou morfometricamente 95 edeagos provenientes de 18 populações coletadas nas regiões nordeste, sudeste e sul do Brasil, incluindo populações usadas por Franco et al. (2008) e expandindo sua análise. As análises morfométricas baseadas em forma dos edeagos mostraram 70% de eficiência na discriminação de linhagens de D. serido, separando-as em três agrupamentos; o primeiro, “Norte”, contendo populações do noroeste da Bahia e sudeste do Piaui, o segundo, “Sudeste”, de Santa Catarina até a porção sul da Bahia e o terceiro, “Nordeste”, contendo populações da região nordeste do Brasil, a partir do norte da Bahia. O teste de Mantel não apontou correlação entre distância geográfica e acúmulo de variação morfológica entre as linhagens. O presente trabalho discutiu estes resultados à luz de comparações com os achados de Franco et al. (2008) e do trabalho em andamento por Lavagnini T. C. (comunicação pessoal), levantando duas hipóteses não excludentes que poderiam explicar a maior divergência do grupo “Norte” mesmo este contendo haplótipos derivados, sendo estas a hipótese ecológica, onde predomina a seleção por cacto hospedeiro, e a histórica, onde predominariam eventos históricos como eventos de fluxo gênico na linhagem. Este trabalho levantou indícios que apontam para mecanismos de pleiotropia atuando sobre a evolução do edeago em D. serido, embora sejam ainda insuficientes para excluir os efeitos da seleção sexual sobre a variabilidade de formas. Mais estudos na área de ocorrencia do grupo “Norte” podem trazer novas evidências sobre como se deu a evolução desta linhagem e se os padrões observados realmente indicam pleiotropia.
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Data de Publicação
2014-08-25
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