Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Oliveira, Elisabeth Spinelli de
Chiarello, Adriano Garcia
Pereira, Rodrigo Augusto Santinelo
Título em Português
Estimativa da ocupação do campus da USP de Ribeirão Preto, SP, pelo sagui-de-tufospretos, Callithrix penicillata (Mammalia, Primates)
Palavras-chave em Português
Ecologia
Conservação em área urbana
Ocupação da paisagem
Sagui-detufos- pretos
Resumo em Português
Atualmente, a conservação de espécies fora de áreas protegidas tem recebido grande atenção dado o rápido crescimento dos centros urbanos e as dificuldades impostas à manutenção da biodiversidade apenas em grandes reservas naturais. Entender como os animais silvestres que habitam ambientes urbanos fazem uso destas áreas tem, portanto, importância conservacionista. Estimativas da ocupação de habitats por espécies têm se mostrado uma eficiente ferramenta para estudos de conservação e interessante alternativa aos tradicionais estudos de abundância populacional, já que demanda um esforço relativamente menor de campo para a obtenção dos dados cuja coleta se dá por métodos não invasivos. Portanto, o objetivo deste estudo foi estimar a intensidade de uso do campus da USP de Ribeirão Preto pelos saguis-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata, Mammalia: Callitrichidae) e entender como os principais elementos desta paisagem influenciam esse primata. Vinte parcelas de três hectares foram aleatoriamente definidas e amostradas em seis seções durante aproximadamente três meses (primavera de 2012). O método de obtenção dos dados consistiu na busca ativa (30min) pelos indivíduos dentro das parcelas. Os dados de presença/ausência dos saguis nos sítios foram analisados nos programas PRESENCE e MARK que modelaram a probabilidade de detecção (p) e de ocupação (ψ) do campus pela espécie foco, identificando também a influência de covariáveis de sítio para a ocupação e covariáveis de amostragem para a detecção. Os resultados indicam que os saguis utilizam a maior parte da área de estudo (ψ = 0,59 ± 0,23). Os modelos selecionados como mais plausíveis indicaram um efeito negativo (uso menos intenso pelos indivíduos) da área coberta por “edificações” e por “ruas de fluxo intenso” e um efeito positivo (uso mais intenso pelos indivíduos) das áreas de “reflorestamento” e de “mata ripária” presentes nas parcelas. Apesar dos saguis-de-tufospretos serem ecologicamente flexíveis, a população estudada apresentou forte dependência dos ambientes mais florestados e menos perturbados. Por conseguinte, estas áreas representam um importante refúgio para esses primatas, sendo, portanto, de extrema relevância para a sua conservação
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Data de Publicação
2014-04-28
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