Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Milano, Patrícia
Elias, Larissa Galante
Título em Português
Influência da cópula e da nutrição adulta na performance reprodutiva de fêmeas selvagens
de Ascia monuste orseis (Godart, 1819) (Lepidoptera, Pieridae)
Palavras-chave em Português
Insetos
Oviposição
Nutrição
Brassica oleraceae
Resumo em Português
Em algumas espécies de insetos holometábolos, a oviposição ocorre mesmo na ausência
de alimentação durante a fase adulta, devido ao estoque de nutrientes decorrente da
alimentação na fase larval. Outras espécies necessitam da ingestão de proteínas na fase
adulta para a produção de oócitos. Além disso, a ocorrência de cópulas múltiplas pode
interferir no comportamento reprodutivo da fêmea, devido ao oferecimento de material
nutritivo dos machos por meio dos espermatóforos, já que estes contêm tanto
substâncias que estimulam a oviposição quanto substâncias nutritivas. O objetivo deste
trabalho foi verificar a influência 1) do número de cópulas e 2) da ingestão de fonte
proteica na performance reprodutiva de fêmeas de Ascia monuste orseis (Lepidoptera,
Pieridae). Os ovos foram coletados em campo, as larvas criadas em laboratório e os
adultos recém-emergidos, transferidos para uma casa de vegetação, na presença de
hospedeiros de oviposição (Brassica oleraceae) e alimentadores. No experimento 1,
foram testadas fêmeas que não copularam (controle), que copularam uma (tratamento 1)
e duas vezes (tratamento 2) (N=10/tratamento). No experimento 2, fêmeas copuladas
uma vez foram alimentadas com dieta sem fonte proteica (água e mel) e com fonte
proteica (água, mel e lêvedo) (N=11/tratamento). Os parâmetros registrados foram:
número de ovos/fêmea, tempo para o início da oviposição e longevidade das fêmeas.
Apesar dos grupos não terem apresentado diferença significativa para a maioria dos
parâmetros, provavelmente devido ao pequeno tamanho amostral, os resultados
encontrados são interessantes. Fêmeas que copularam duas vezes colocaram mais ovos,
apesar da menor longevidade, que fêmeas que copularam uma vez. Fêmeas nãocopuladas
colocaram menos ovos e demoraram mais para iniciar a oviposição,
sugerindo uma maior espera pela oportunidade de cópula. Fêmeas alimentadas com
dieta sem fonte proteica apresentaram uma tendência a uma melhor performance
reprodutiva do que as alimentadas com fonte proteica. Apesar dos claros benefícios da
ingestão de proteína durante a fase larval para a performance, na fase adulta a
ix
suplementação protéica parece sobrecarregar fisiologicamente a fêmea, causando
prejuízos na performance reprodutiva. Coletas de dados adicionais são necessárias para
uma maior apuração dos resultados.
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Data de Publicação
2013-05-21
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