Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Bondioli, Ana Cristina Vigliar (Presidente)
Klein, Wilfried
Jorge, Joao Atilio
Título em Português
Ecologia alimentar de tartarugas-verdes, Chelonia mydas (Linnaeus 1758), em Ilhabela e Ubatuba – litoral norte de São Paulo, Brasil
Palavras-chave em Português
Alimentação
Chelonia mydas
Ilhabela
Ubatuba
Material inorgânico
Algas marinhas
Resumo em Português
A tartaruga-verde é uma espécie cosmopolita que utiliza o litoral brasileiro para reprodução e alimentação. Sua dieta varia ao longo do ciclo de vida, sendo inicialmente onívora, tornando-se preferencialmente herbívora a partir da fase juvenil. Esses hábitos alimentares podem estar associados à disponibilidade de alimento no local, bem como à seletividade das tartarugas, digestibilidade dos alimentos e/ou tipo do habitat, sendo que a dieta herbívora pode ser complementada com a ingestão de material de origem animal. Devido a atual poluição das praias e o descarte de diversos materiais nos oceanos, o consumo de lixo pode ocorrer, sendo esta ingestão bastante prejudicial às tartarugas marinhas e uma das principais ameaças à espécie. O presente trabalho foi realizado com o objetivo de descrever os componentes da dieta de Chelonia mydas, em Ilhabela e Ubatuba, litoral norte paulista. Em Ilhabela foram realizados monitoramentos das praias durante um ano e os animais encontrados mortos foram necropsiados para a coleta do conteúdo dos sistemas digestórios. Em Ubatuba, durante seis meses, os animais encontrados mortos e levados até a base do TAMAR foram necropsiados pelo veterinário responsável e as amostras foram coletadas nos meses de março, maio e junho. Este material foi triado, identificado e avaliado segundo sua composição. Os materiais inorgânicos foram testados de acordo com sua abundância, frequência de ocorrência e diferenças entre as classes estipuladas. Foram registrados 30 C. mydas, com média de comprimento de carapaça igual a 39,21 (± 7,79) cm. Coletaram-se amostras de 23 animais e o conteúdo encontrado foi separado em dez categorias. Foram identificados, dentre as algas ingeridas, oito exemplares até o nível de espécie, dois até família e 20 até gênero. Destaca-se o consumo de Rodophyta e Clorophyta, sendo que em Ilhabela o gênero de maior frequência de ocorrência foi Ulva sp., seguido por Dictyopteris sp. e Gelidiopsis sp. e no município de Ubatuba os mais frequentes foram Ulva sp. e Pterocladiella sp., porém a análise de correspondência mostrou que a composição da dieta desses animais varia muito pouco entre os municípios. Entre os animais estudados, 12 possuíam conteúdo inorgânico em seu trato digestório, com a maioria do volume ocorrendo no intestino. Houve predomínio dos materiais coloridos, os plásticos moles e os itens de pequeno tamanho. Esse trabalho contribuiu para o entendimento da ecologia alimentar das tartarugas-verdes na região, bem como para o entendimento das ameaças que elas sofrem, de modo que nossos resultados podem ser utilizados para auxiliar a conservação destas espécies ameaçadas e pode como ferramenta para conscientização ambiental
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Data de Publicação
2016-04-11
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