Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Rosada, Rogerio Silva
Castelo, Ademilson Panunto
Rodrigues, Rodrigo Ferracine
Título em Português
Identificação de fatores inerentes aos macrófagos pulmonares e hepáticos associados à capacidade de eliminação de Mycobacterium tuberculosis
Palavras-chave em Português
Mycobacterium tuberculosis
Fígado
Macrófagos
Resumo em Português
A tuberculose (TB) ainda é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. Está intimamente ligada à pobreza e à má distribuição de renda, além do estigma que implica na não adesão dos portadores e/ou familiares/contactantes. Segundo estimativas da OMS, um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb) e corre o risco de desenvolver a doença. Estes fatos acarretam em novos desafios para a comunidade científica no que se refere ao desenvolvimento de medidas profiláticas e terapêuticas para o controle da TB. O entendimento detalhado da participação e relevância dos diferentes elementos da resposta imune são necessários para alcançar tal objetivo. Nesse sentido, há casos clínicos em que quando a resposta imune não é eficaz em conter a disseminação do bacilo no pulmão, a infecção por Mtb pode se disseminar para outros órgãos, sendo classificada como TB extrapulmonar. Nessa conjuntura o fígado é um dos últimos órgãos a contrair a infecção muito embora receba um grande aporte sanguíneo. Por outro lado, sabe-se que a resposta imune no fígado é bastante eficaz contra uma variedade de patógenos, sendo o macrófago presente neste órgão (célula de Kupffer) um dos principais responsáveis por esse resultado. Considerando esse cenário, este trabalho visou elaborar métodos de separação celular, bem como comparar o comportamento do conjunto celular desses dois órgãos, pulmão e fígado, frente a infecção por Mtb. A extrapolação de um protocolo de isolamento de células de Kupffer para as células pulmonares garantiu o estabelecimento de uma nova metodologia, através de uma cultura mista de células pulmonares, capaz de garantir um excelente grau de pureza de macrófagos pulmonares. Como o referido protocolo produziu baixo rendimento e, visando avaliar a participação das células totais frente a infecção por Mtb, foram utilizadas células dos órgãos pulmão e fígado provenientes de camundongos não infectados. Essas células foram estimuladas com fatores pró ou anti-inflamatórios e posteriormente infectadas com Mtb, sendo avaliadas a capacidade fagocítica e microbicida das mesmas. Estes ensaios mostraram que a estimulação M1 (IFN-γ + LPS) ou M2 (IL-4 + IL-10) resultaram em maior capacidade fagocítica pelas células do fígado, o que não ocorreu para as células do pulmão. Por outro lado, enquanto predominantemente a estimulação por M2 potencializou a atividade microbicida pelas células do fígado, a estimulação por M1 prejudicou essa função. O resultado do presente trabalho adiciona achados que complementam a literatura vigente na qual o fígado, considerado um órgão predominantemente tolerogênico, é associado com uma alta capacidade de eliminação de diferentes patógenos (clearance).
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Data de Publicação
2014-08-25
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