Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Vieira, Eny Maria
Santos, Dayana Moscardi dos
Título em Português
Avaliação dos efeitos da toxicidade em Melipona scutellaris (Latreille, 1811) pelo uso oral da abamectina e imidacloprido
Palavras-chave em Português
Abelhas nativas
Efeitos da toxicidade
Dose letal
Quociente de risco
Resumo em Português
Evidências mostram que nas últimas décadas, a população de Apis está declinando e por ser mais monitorada que as demais espécies, facilmente essas variações populacionais são notadas, podendo inferir que as abelhas nativas também estão suscetíveis a essa flutuação. Vários fatores são pontuados para explicar o declínio das abelhas, entre eles estão os agrotóxicos. E entre todas as espécies de abelhas nativas existentes no Brasil, a Melipona scutellaris foi escolhida como objeto de estudo deste trabalho. Neste estudo, a sensibilidade da M. scutellaris foi avaliada sob exposição oral a dois agrotóxicos autorizados para uso no Brasil, a abamectina (produto comercial) e o imidacloprido (tanto o produto comercial quanto o padrão analítico). A concentração letal (CL50) dos agrotóxicos foi determinada a partir da exposição a uma bateria de soluções com concentrações: 0,007; 0,018; 0,033; 0,074; 0,16 e 0,36 µg de abamectina/µL; 0,00075; 0,001; 0,0025; 0,005; 0,0075; 0,01; 0,025; 0,05 µg de imidacloprido (produto comercial)/µL e 0,000086; 0,0002; 0,0005; 0,00125; 0,003; 0,0075 µg de ingrediente ativo/µL (imidacloprido padrão analítico). Os resultados mostraram que a CL50 da abamectina variou entre 0,0041 a 0,0057 µg i.a./µL de dieta (48h) e, 0,0019 a 0,0025 µg i.a./µL de dieta (72h). Para o padrão analítico do imidacloprido, 0,0008 a 0,0014 µg i.a./µL de dieta (24h), 0,0003 a 0,0005 µg i.a./µL de dieta (48h) e 0,00019 a 0,00021 µg i.a./µL de dieta (72h) , enquanto que para o produto comercial do imidacloprido a CL50 foi de 0,0017 a 0,0061 µg i.a./µL de dieta em 6h de exposição. A partir dos valores de consumo diário de sacarose pelas abelhas M. scutellaris e a CL50, foi calculada a DL50 dos produtos: abamectina (0,12 e 0,053 µg i.a./abelha, respectivamente para 48 e 72h), imidacloprido (padrão analítico) 0,021; 0,012; 0,0051 µg i.a./abelha (para 24, 48 e 72h) e imidacloprido (produto comercial) 0,025µg i.a./abelha para 6h, concluindo que o imidacloprido comercial foi dez vezes mais tóxico que a abamectina. E a partir do cálculo do Quociente de Risco (QR) constatou-se que, com base nos valores obtidos neste estudo a abamectina apresentou baixo risco enquanto que o imidacloprido indicou a necessidade de avançar para outros níveis de avaliação de risco.
Palavras-chave em Inglês
Native bees
Toxicity effects
Lethal dose
Hazard quotient
Resumo em Inglês
Evidence shows that in the last decades the population of Apis is declining and for being more monitored than the other species, these population variations are easily noticed, and it can be inferred that native bees are also susceptible to this fluctuation. Several factors are punctuated to explain the decline of bees, among them are pesticides. And among all native bee species in Brazil, Melipona scutellaris was chosen as the object of study of this work. In this study, the sensitivity of M. scutellaris was evaluated by oral exposure to two pesticides authorized for use in Brazil, abamectin (commercial product) and imidacloprid (both commercial product and analytical standard). The lethal concentration (LC50) of pesticides was determined from exposure to a battery of solutions with concentrations: 0.007; 0.018; 0.033; 0.074; 0.16 and 0.36 µg abamectin/µL; 0.00075; 0.001; 0.0025; 0.005; 0.0075; 0.01; 0.025 and 0.05 µg imidacloprid (commercial product)/µL and 0.000086; 0.0002; 0.0005; 0.00125; 0.003 and 0.0075 µg active ingredient / µL (imidacloprid analytical standard). The results showed that abamectin LC50 ranged from 0.0041 to 0.0057 µg a. i./µL diet (48h) and 0.0019 to 0.0025 µg a. i./µL diet (72h). For the analytical standard imidacloprid, 0.0008 to 0.0014 µg a. i/ µL diet (24h), 0.0003 to 0.0005 µg ai/µL diet (48h) and 0.00019 to 0.00021 µg a.i/µL diet (72h), whereas for the imidacloprid commercial product the LC50 was from 0.0017 to 0.0061 µg a. i/µL diet at 6h exposure. From the daily sucrose consumption values by M. scutellaris bees and the LC50, the lethal dose (LD50) of the products were calculated: abamectin (0.12 and 0.053 µg a. i/bee, respectively for 48 and 72h), imidacloprid (analytical standard) 0.021; 0.012; 0.0051 µg a.i./bee (for 24, 48 and 72h) and imidacloprid (commercial product) 0.025 µg a.i./bee for 6h, concluding that commercial imidacloprid was ten times more toxic than abamectin. And from the calculation of the Hazard Quotient (HQ) it was found that, based on the values obtained in this study, abamectin presented low risk while imidacloprid indicated the need to advance to other levels of risk assessment.
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Data de Publicação
2020-03-31
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