Trabalho de Conclusão de Curso
Documento
Autoria
Unidade da USP
Data de Apresentação
Orientador
Banca
Meireles, Gabriela
Vanderlei, Marina Reghini
Título em Português
Microplásticos: os contaminantes emergentes no contexto da ecotoxicologia
Palavras-chave em Português
Plástico
Polímero
Microplástico
Toxicidade
Lixiviado
Resumo em Português
O crescente consumo de polímeros é uma problemática relacionada aos contaminantes emergentes, que são compostos presentes no meio ambiente, potencialmente poluidores, pouco monitorados e não regulamentados, sendo que dentre estes estão os microplásticos. Dos detritos de polímeros surgem os microplásticos, que são partículas poliméricas inferiores a 5 mm, subdivididos em primários (micropartículas menores que 5 mm) e secundários (oriundos da lixiviação e degradação de detritos maiores). Além dos efeitos físicos, sua dimensão e forma podem aumentar sua capacidade de adsorver metais e poluentes orgânicos persistentes (POP’s), o que potencializa sua ecotoxicidade. No entanto, seus efeitos ecotoxicológicos, principalmente em organismos de água doce, ainda são poucos conhecidos, o que motivou esta pesquisa. Para avaliar esses efeitos, foram realizadas três etapas de pesquisa: 1) ensaios de toxicidade com polímeros sintéticos em pellets (menor que 5mm) e triturados, submetidos a lixiviação ou não (polipropileno virgem, reciclado pós-industrial, pós-consumo, polímeros da área de rejeitos e um biopolímero de amido termoplástico laboratorial), 2) exposição dos polímeros em mesocosmos aquáticos (65 dias), com posterior contaminação por agrotóxicos (2,4D e Fipronil) e 3) estudo de caso sobre políticas públicas e tecnologias para “microplásticos”. Em todos os ensaios utilizou-se Daphnia similis como organismo-teste (ABNT, 2016), avaliando-se ainda as variáveis físicas e químicas das amostras. Pelos resultados obtidos, verifica-se que o biopolímero foi o mais tóxico (100% de imobilidade) em função da redução da concentração de oxigênio dissolvido e o aumento da salinidade, enquanto os polímeros sintéticos demonstraram reduzida (5 a 20% de imobilidade) ou nenhuma toxicidade, não apresentando diferença significativa entre o triturado e não triturado. Não se registrou toxicidade aguda após a adição dos agrotóxicos aos polímeros, mas verificou-se aumento da toxicidade em relação ao estágio de ciclo de vida do polipropileno (do PP virgem ao PP da área de rejeitos). Conclui-se que estudos ecotoxicológicos podem servir como alerta para a população e órgãos reguladores, contribuindo para um maior monitoramento e controle dos potenciais efeitos ambientais dos microplásticos.
Título em Inglês
Microplastics: the emergent contaminants in the ecotoxicology context
Palavras-chave em Inglês
Plastic
Polymer
Microplastic
Toxicity
Leacheat
Resumo em Inglês
The increasing consumption of polymers is a problem related to the emerging contaminants, compounds in the environment that are potentially polluting, poorly monitored and unregulated. Among the produced polymer debris are microplastics, which are polymer particles smaller than 5 mm, subdivided into primary (microparticles smaller than 5 mm) and secondary (from leaching and degradation of larger debris). In addition to physical effects, their size and shape can increase their ability to adsorb metals and persistent organic pollutants (POP's), which potentiates their ecotoxicity. However, its ecotoxicological effects in the aquatic environment, especially in freshwater organisms, are still few unknown, which motivated this research. To evaluate these effects, three research steps were performed: 1) toxicity tests with synthetic polymers in pellets (less than 5mm) and crushed polymers, subjected to leaching or not (virgin polypropylene, post-industrial recycled PP, postconsumption recycled PP, non recyclable PP waste from a recycling company and a laboratory thermoplastic starch biopolymer – TPS), 2) exposure of polymers in aquatic mesocosms (65 days), with subsequent contamination by pesticides (2,4D and Fipronil) and 3) case study on public policies and technologies for "microplastics". Daphnia similis was used as the test organism in all laboratory tests (ABNT, 2016). The physical and chemical variables of the samples were also evaluated. The results showed that the biopolymer was the most toxic (100% immobility) due to the reduction of the dissolved oxygen concentration and the increase of the salinity, while the synthetic polymers showed reduced (5 to 20% immobility) or no toxicity, with no significant difference between crushed and uncrushed. No acute toxicity was recorded after addition of the pesticides to the polymers, but there was an increase in toxicity in relation to the polypropylene life cycle stage (from virgin PP to non recyclable PP waste). Thus, it can be concluded that ecotoxicological studies can serve as an alert for the population and regulatory agencies in order to achieve a better monitoring and control of the potential environmental effects of microplastics.
Arquivos
AVISO - A consulta a este documento fica condicionada na aceitação das seguintes condições de uso:
Este trabalho é somente para uso privado de atividades de pesquisa e ensino. Não é autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Esta reserva de direitos abrange todos os dados do documento bem como seu conteúdo. Na utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar nome(s) do(s) autor(es) do trabalho.
 
Data de Publicação
2019-05-14
Número de visitas
1031
Número de downloads
1198
Copyright © 2010 Biblioteca Digital de Trabalhos Acadêmicos da USP. Todos os direitos reservados.